Academia
imperial de belas artes
A Academia
Imperial de Belas Artes (AIBA) foi uma escola superior de arte
fundada no Rio de Janeiro, Brasil, por Dom João VI. Enfrentando
muitas dificuldades iniciais, por fim conseguiu se estabilizar,
assumindo um papel central na determinação dos rumos da arte
nacional durante a segunda metade do século XIX, sendo um centro de
difusão de novos ideais estéticos e educativos, e um dos principais
braços executivos do programa cultural nacionalista patrocinado pelo
imperador Dom Pedro II. Com o advento da República, passou a se
chamar Escola Nacional de Belas Artes, mas foi extinta como
instituição autônoma em 1931, sendo entretanto absorvida pela
Universidade do Rio de Janeiro e continuando em atividade até os
dias de hoje como uma de suas unidades de ensino, a Escola de Belas
Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A primeira exposição
A Academia foi responsável pela
primeira exposição de Artes realizada no país, a Exposição da
Classe de Pintura Histórica, instalada em 1829. Essa exposição
havia sido determinada pelo Imperador, por Aviso Ministerial de 26 de
Novembro de 1828:
Sua Majestade o Imperador. Há por
bem que no dia Terça-feira, 2 do próximo mês de dezembro, se faça
na Imperial Academia das Belas Artes uma exposição pública de
todos os trabalhos mais perfeitos, que os Alunos das respectivas
aulas tiverem desempenhado no corrente ano; e ordena que V.Mcê.
tenha para esse fim uma conferência preparatória com todos os
Lentes, sobre o lugar, e melhor modo de se verificar a referida
Exposição; e lhes participe que se achem na mesma Academia, sábado,
29 do corrente, pelas 11 horas da manhã, a fim de que eu possa
ouvi-los sobre o arranjo definitivo desse negócio - Deus Guarde a V.
Mcê. - Paço, em 26 de novembro de 1828 - José Clemente Pereira.
Desse modo, no ano seguinte, Debret
e Grandjean de Montigny, com obras próprias e de seus discípulos,
apresentaram quarenta e sete trabalhos de pintura histórica, cento e
seis estudos de arquitetura, quatro trabalhos do professor de
paisagem e quatro bustos de gesso de Marc Ferrez. A exposição foi
um sucesso, visitada por mais de duas mil pessoas, e dela se ocuparam
os jornais, tendo sido organizado e distribuído um catálogo.
Maria Julia Carvalho