domingo, 3 de novembro de 2013

Cândido Portinari

Os Retirantes
O pintor Cândido Torquato Portinari nasceu na cidade de Brodósqui, no interior de São Paulo, no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café. Seus pais, Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato, eram imigrantes italianos de origem humilde e tiveram doze filhos, o segundo foi Cândido Portinari. Aos quinze anos Portinari ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro e, aos dezoito anos, vendeu seu primeiro quadro chamado Um Baile no Campo. No ano seguinte, em 1922, recebe seu primeiro prêmio: a medalha de bronze do Salão de Belas Artes. Depois de ter sido premiado várias vezes neste Salão, Portinari viajou, em 1929, para a Europa e fixa moradia em Paris, depois de percorrer Inglaterra, Itália e Espanha. O contato com a efervescência plástica da Europa nos anos 30 define o rumo que o pintor seguiria ao retornar ao Brasil. Quando chega, em 1931, já está casado com Maria Victoria Martinelli, mãe de seu único filho, João Cândido.
O Mestiço
No ano de 1933, Portinari pinta seu primeiro mural na casa de sua família. A partir de 1935, consegue ficar renomado pela elaboração de seus murais que exploravam a temática brasileira, incluindo a luta das classes trabalhadoras nas plantações, nas favelas e nas cidades. Entre 1936 e 1939, Portinari foi professor da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, onde participou da reestruturação inovadora do programa de belas artes e experimentou a utilização de mosaico de vidro de grandes dimensões. Também desenhou murais para diversos edifícios no Brasil, trabalhando com Oscar Niemayer e Burle Marx, entre outros. Dentre os murais criados por Portinari fora do Brasil, podemos destacar o do Pavilhão Brasileiro para a Feira Internacional de Nova Iorque (1939) e para as Nações Unidas, em 1953.
O Lavrador de Café
No mesmo ano, Portinari seu quadro chamado Café recebe menção honorária na Exposição Internacional de Arte Moderna do Instituto Carnegie, em Nova Iorque, fato que o projeta internacionalmente. No ano de 1940, Cândido Portinari foi o primeiro artista sul-americano a ter uma exposição individual no Museu de Arte moderna de Nova Iorque, o nome da exposição era Portinari of Brazil. Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Barcelona convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, a intoxicação de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas telas que fizeram seu sucesso, já que, tinha claustrofobia e desmaiava no "corredor" de telas. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batistano Rio de Janeiro.
 Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da arte moderna européia sem perder a admiração do grande público. Suas pinturas se aproximam do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. O resultado é uma arte de características modernas. Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956), que foram presenteados em 1956 à sede daONU de Nova Iorque. Na época, as autoridades dos Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari para a inauguração dos murais, devido às ligações do artista com o Partido Comunista Brasileiro. Antes de seguirem aos EUA, o empresário e mecenas ítalo-brasileiro Ciccillo Matarazzotentou trazer os paineis para São Paulo, terra natal de Portinari, para apresentá-las ao público. Porém, isto não foi possível.3 Somente em novembro de 2010, depois de 53 anos, os paineis voltaram ao Brasil e, finalmente, foram exibidos, em 2010, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro  e, em 2012, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Fontes:

Aluno : Thomas Keiti Onuma






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